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Foto do escritorSilvana Correia

Era de Aquário – A Era do Sagrado Feminino


Segundo o calendário Maia, a 21 de Dezembro de 2021, quando o nosso sistema solar ficou imerso na faixa designada por cinturão de fótons – luz, foi o ano considerado por muitos como o início da Era de Aquário, Era de Ouro, Era da Luz. A Era de Aquário será a Era da Energia Divina Feminina. Aquário representa a mente cósmica – a grande mente movimentando a humanidade para frequências mais elevadas, para novas dimensões. Estamos a entrar na Era da valorização do Ser – individualidade, consciência colectiva, fraternidade, sensibilidade, poder pessoal e espiritualidade, fraternidade. Nas ondas da energia elevada de Aquário, renasce a energia do Sagrado Feminino, energia sensível, empática, compassiva.


Esta energia permeia toda a vida, toda a Terra – animais, seres humanos, despertando em nós mais espaço para as energias mais subtis, para a fraternidade, compaixão, para o sentir – coração, para a intuição, prazer, tempo, conexão com o sagrado. Há um acordar natural para a premente necessidade de conectarmos aos ritmos, aos ciclos da Mãe Terra.


Observa-se o mundo e as relações a partir do equilíbrio entre o lado esquerdo do cérebro — lado masculino, mente, lógica, e o lado direito do cérebro — lado feminino, receptivo, colaborativo, artístico, empático, criativo, não linear, abstracto, intuitivo. É importante sublinhar que a visão do feminino e masculino não se prende com os géneros, mas sim com energias, sabedoria, formas de sentir e de agir no mundo dual e, nesse sentido, torna-se imperativo integrar o Sagrado Feminino e o Sagrado Masculino em nós, Yin e Yang - equilíbrio de polaridades. Senão, não será possível entregarmos às energias de coesão, colaboração, fraternidade de Aquário. Como humanidade, estamos a sair de milhares de anos de um “mau” uso da energia masculina onde dominou o patriarcado, o uso do poder autoritário, o uso da mente desconectado do coração, o culto do poder egoíco perdendo a visão do outro, do coletivo, visão linear, limitada – energia oposta à Energia de Aquário desperta.


Apesar da energia do Sagrado Feminino não se prender com géneros, esse natural equilíbrio de polaridades – Yin e Yang, levar-nos-á a observar uma mudança comportamental nos homens e nas mulheres. Veremos gigantes transformações na forma como as mulheres vivem a maternidade, relações, profissão, hierarquias profissionais, ligação com o seu corpo, com a sua liberdade de viverem a sua sexualidade, os seus prazeres. Cada vez mais mulheres terão voz e lugar de poder. Não serão vistas como seres menores, não pensantes, onde a casa, o gerar filhos e o cuidar do marido são como razões principais da sua existência – energia do patriarcado. Integrarão a sua Lilith – mulher selvagem, consciente da sua força, livre e sem medos de análises e preconceitos originados por energias cristalizadas no velho masculino adormecido. Veremos cada vez mais homens a integrar o seu Sagrado Feminino e Masculino, integrando em si a sensibilidade desperta, os valores compassivos, a vulnerabilidade – queda de muros, deste modo, saberão, pelo coração, olhar para as mulheres como seres sagrados, individuais, livres.


Numa visão astrológica, a Lua, a Vénus e a Lilith — Lua negra, representam arquétipos do feminino que vibra em nós. Dizem respeito a estruturas psíquicas que são semelhantes a todos os seres humanos. Representam um inconsciente colectivo representadas por um conjunto de arquétipos e que são “imersos” em nós aquando a nossa primeira respiração neste plano. Estes dão origem ao nosso inconsciente pessoal, bem como a traços de personalidade.


Um dos símbolos clássicos do feminino é a Lua. Na astrologia, enquanto o Sol representa o Yang, a nossa natureza masculina e o consciente, a Lua representa o Yin, a nossa natureza feminina e o inconsciente. São as polaridades do Eu. Personifica a maternidade, portanto o fundamento e a base da existência. O Sol cria, contudo é a Lua que dá forma à sua criação. O Sol é a semente que precisa ser fecundada na Lua para se manifestar. É a mãe. É um símbolo da fecundidade e de ciclos. A Lua, figura o princípio do feminino, a nossa infância, o nosso lar materno e a nossa mãe. Fala de sensibilidade, raízes, afectividade e nutrição. Revela as nossas memórias, a nossa natureza, o que nos motiva, nossas necessidades profundas, inteligência intuitiva, a forma como expressamos as nossas emoções e as nossas inseguranças mais profundas.


Na astrologia, o planeta Vénus, revela padrões de segurança, valores pessoais e necessidades de nutrição. Ela é amor, é a primeira vibração da unidade, é sagrada. Representa a estética, a arte, a busca impulsiva pelo prazer, harmonia, amor e beleza. Representa as características femininas emocionais, sexuais e sociais — das mulheres e dos homens. Fala-nos do equilíbrio do feminino em nós. Onde está posicionada a “sua Vénus” no seu mapa natal? Quais são os contactos energéticos que ela estabelece com outros planetas? Dar “luz” à sua Vénus, é dar luz ao “seu” feminino. É entender os seus impulsos no amor, nas relações, no mundo da beleza, é mergulhar no lado direito do cérebro, empático, sensível.


Lilith ou por muitos identificada como Lua Negra, não é um corpo celeste, mas um ponto astronómico correspondente ao grau do apogeu — ponto orbital mais afastado em relação à Terra, da órbita lunar projectado na eclíptica zodiacal. Corresponde, portanto, ao que simbolicamente podemos designar pela “a sombra da Lua”.

Na astrologia, a Lilith representa a sombra, o feminino, a libido primitiva e instintiva. Apresenta “energias” mais desafiadores, inconscientes e mais inacessíveis do ser e que pode eclipsar o racional. A área de experiência do mapa astrológico natal, ou a qualidade arquetípica — signo, no qual ela se situa, é a área de vida no qual o indivíduo vive um sentimento inexplicável de frustração. Assim sendo, Lilith no mapa pode “provocar” crises, transtornos emocionais e inseguranças. O indivíduo é impelido a desapegar-se e a curar determinada energia. A energia perturbadora e magnética da Lilith — a Lua negra, leva-nos a mergulhar nos nossos demónios interiores que vagueiam no mundo da noite e no mundo do subconsciente.


Nesta Era de Aquário, a Era do sentir, do Ser, da conexão com o coração divino sagrado, com a Mãe Terra, a Era da conexão com uma energia de Amor, é imperativo esse mergulho interior do resgate do Divino Sagrado Feminino e do Divino Sagrada Masculino. Aquário é a pureza da consciência, somos guiados pela sabedoria da Mãe Terra – coração divino.


Silvana Correia

Artigo Publicado na Revista Espaço Aberto



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