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Foto do escritorSilvana Correia

Encontro Místico, as Águas que Despertam


No dia 12 de Abril, Júpiter – Rei dos Deuses, forma uma conjunção, a 23º de Peixes, com Neptuno – Deus do Mar. Estes dois corpos celestes, de 13 em 13 anos, formam uma conjunção, contudo, desde 1856, há 166 anos, que não se encontram em Peixes. Estamos perante um encontro astrológico único – movimento muito místico, espiritual. Vivemos tempos mágicos! Vivemos tempos de início e fecho de grandes ciclos e mega-ciclos – ciclos de longa duração e de grande impacto histórico. Esta conjunção é um ciclo que se vai desenvolver ao longo de um período de treze anos. Júpiter e Neptuno regem Peixes, deste modo, estão confortáveis nas águas profundas, imprevisíveis e espirituais que conhecem, tornando-os mais fortes na sua expressão. Esta dança cósmica perfeita, esta geometria sagrada sublime, este jogo de forças, traduz um sistema em evolução no qual fazemos parte – Terra, humanidade, neste sentido, iremos observar um aumento de acontecimentos sobre temas que arquetipicamente estes dois corpos celestes regem.


Júpiter, simboliza a amplitude de visão, perspectiva mais elevada, necessidade de expansão de horizontes quebrando os limites que estagnam a evolução. Relaciona-se com a necessidade da busca de sentido para a vida numa perspectiva sábia. Simboliza a boa fortuna, as grandes oportunidades de crescimento. É a consciência livre da ilusão – sabedoria, as leis, a ética, as religiões, os povos, as nações. É o grande benfeitor. É o pai que nos devolve a fé para acreditarmos num futuro melhor, com mais esperança. Neptuno, Deus do Mar, governa os mares, as águas divinas do inconsciente através do qual são geradas novas e inimagináveis criações. Simboliza o psiquismo, temas da alma. É abstrato, enigmático, misterioso. Neptuno pode conduzir o indivíduo a ter contacto com vibrações muito elevadas. É o canal que conduz ao contacto com o imagético, sensorial, inexplicável, sublime, transcendente. Impulsiona as visões proféticas. É o planeta do clarividente, do místico. Rege a medicina, a indústria farmacêutica, as drogas, o vírus invisível que se espalha, o combustível, o óleo. Neptuno, é o planeta da iluminação, do sonho, da profundidade obscura, da arte, inspiração, sedução, do idealismo. Porém, tal como a profundidade da beleza do mar pode trazer sabedoria, pode também simbolizar enganos, mentiras, escapismo, sacrifício, deceção, adição, falsos mestres, drogas, um mundo muito caótico, perdido, desconectado de um caminho com sentido. Na verdade, Neptuno é o mestre dos disfarces, as vibrações negativas do planeta resultam em fobias, obsessões e loucura.


Esta geometria sagrada nos céus ocorre nas últimas águas do zodíaco – Peixes –, o grande oceano divino, onde simultaneamente abraçamos o 'tudo', o 'acima de tudo', a alma, o espírito e a transcendência. A humanidade, o indivíduo, é impulsionado vibracionalmente para uma conexão maior ao amor incondicional. O que é especial sobre a energia de Peixes, é a capacidade de se identificar com o que o outro sente, sentir a dor do outro, não julgar, mas, sim, entender a sua dor. Nesse sentido, esta conjunção despoletará movimentos sociais, empatia pelos mais desfavorecidos, maior ações de compaixão e de generosidade em diferentes áreas. Maior consciência da urgência de nos reger pela verdade, ética e transparência. Acelera a queda das velhas estruturas – políticas, económicas, religiosas. Este encontro luminoso e raro vai desencadear um grande avanço em estudos na área da parapsicologia, espiritualidade, ciência conectada à espiritualidade e tecnologia. Pode ser um momento de grandes investimentos na cultura e na arte e no uso de novas plataformas para a sua apresentação. Pode representar o surgimento de novas formas de expressão artística – na música, pintura, cinema, fotografia e literatura. Ampliará o senso de unidade, de conexão, de significado espiritual nas nossas vidas. Precipita a queda de véus, mudando a perceção como indivíduo olha para si próprio, o coletivo e o mundo. Júpiter também é aquele que exacerba tudo por onde passa, e, neste sentido, muitos temas que estavam a operar no submundo têm o potencial de serem vistos com maior clareza e consciência. Ampliará as manifestações mágicas, as criações que ajudarão a humanidade a resolver problemas que pareciam difíceis de transpor. Haverá um grande aumento na procura de terapias espirituais, energéticas, místicas.


A Terra, fazendo parte deste sistema, deste movimento cósmico, estando síncrono com os movimentos, reage, e, assim sendo, esta conjunção pode despoletar grandes inundações, tsunamis, ou seja, de uma forma mais expressiva observaremos mudanças climáticas. Podemos ter novos vírus, mais mortais e transmissíveis. Mais desinformação, jogos, cartas escondidas, enganos. Pode despoletar guerras, conflitos entre nações. Quando não estamos sintonizados com estas elevadas frequências, podemos viver o caos dos sentimentos, como se fossemos largados ao desconhecido, a um futuro incerto, turvo e caótico. Deste modo, poderá potenciar casos de depressão, suicídio, patologias psíquicas diversas. Encaminha-nos para os mais altos graus da espiritualidade, bem como à fuga total da realidade, deste modo, o uso de drogas e álcool podem aumentar exponencialmente. A crise dos refugiados poderá agravar-se muito, com um número cada vez maior de pessoas a morrer nos mares. Novos e inesperados movimentos internos de população podem acontecer também. Poderá despoletar crises, acontecimentos inesperados que poderá levar à queda de algumas religiões, ou a uma reestruturação das mesmas em diferentes pontos - ligação do indivíduo com as instituições religiosas. Queda de falsos mestres. Importa referir que Peixes é a energia mais subtil do Zodíaco, é o signo da dualidade das águas. Da mesma forma que nos leva a um mergulho espiritual, a um isolamento para a busca do Eu mais profundo, pode encaminhar-nos para o medo virado para o passado, uma imaturidade emocional, a confusão de sentimentos. Ou seja, veremos cada vez mais pessoas a despertarem e outras a estarem mergulhadas nas águas hipnóticas de Peixes – Ilusão, enganos.


Lembrando que a última conjunção ocorreu em 1856 é interessante verificar alguns acontecimentos que ocorreram na época, como a segunda guerra de ópio entre países ocidentais e a China; o mar invadiu algumas ilhas dos Açores, causando naufrágios; ocorreu a guerra civil Americana baseada nas liberdades humanas; houve epidemias de cólera entre 1853 e 1856; nasceu Sigmundo Freud, pai da Psicanálise, transformando muito a forma como compreendemos e valorizamos a mente humana na nossa evolução; houve uma expansão enorme de temas espirituais - início da hipnose, psicoterapia; em 1957 Alan Kardec publica os primeiros livros do Espiritismo mudando a forma como o mundo olhava para a espiritualidade e os seus fenómenos; há uma expansão enorme na arte, na fotografia, na música.


Importa referir que Saturno, planeta social como Júpiter, transita pelo Ar fixo de Aquário até 6 de Março de 2023, impulsionando a humanidade para a criação de novas estruturas sociais – políticas, religiosas, sociais, econômicas, reunindo pessoas, criando redes, integrando ideias visionárias para um novo futuro com base em valores humanitários, respeitando a individualidade de cada um – liberdade, nos fazendo responsabilizar, como coletivo que somos, a assumir essa mesma reforma. Júpiter em conjunção com Neptuno em Peixes, energia mística, dissolve o ego que inebria – visão dual, conectando a mente – pequena mente, à mente cósmica – grande mente, a algo maior que ajude a humanidade no seu caminho de evolução. Há um senso de unidade, de coletividade, de filantropia. Deste modo, ampliará as manifestações, criações incríveis que ajudará o coletivo a ter uma Nova Visão sobre a definição, sobre os alicerces dessas mesmas novas estruturas. Devemos esperar o inesperado.


Neptuno é um planeta transpessoal e transita por Peixes desde Abril de 2011 onde estará até Janeiro de 2026. Juntamente com Plutão e Urano, formam o trio energético transpessoal. São os grandes mensageiros da Galáxia como Dane Rudhyar afirma. Impulsionam a humanidade nesta evolução planetária de despertar de consciência que estamos todos – planeta, humanos, animais, vida –, sem exceção, a atravessar. Não há retorno. Simbolizam o caminho para uma consciência multidimensional. Neptuno em trânsito permanece cerca de 14 anos em um signo, trazendo uma diluição nos temas relacionados ao signo que transita no momento – Peixes. Peixes é o décimo-segundo e último signo do zodíaco. Representa a evolução máxima neste plano de vida. É o regresso à “casa do Pai”. Esta conjunção mágica e mística a 12 de Abril entre Júpiter e Neptuno é um portal cósmico para a Magia das águas espirituais. Que a humanidade saiba mergulhar neste encontro com o invisível, com o espiritual, com o sagrado que vibra em Nós e que permeia todo o Universo.


Silvana Correia


Artigo Publicado na Revista Espaço Aberto

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