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Importa primeiro apresentar o grande Deus Neptuno. Na mitologia Romana, Neptuno era o Deus dos mares e oceanos. Filho mais velho da deusa Ops - divindade relacionada à fertilidade e Terra, e de Saturno – Deus do tempo e da agricultura. Irmão de Júpiter – céus, e de Plutão - mundo dos mortos. 

Na astrologia, Neptuno rege a energia de Peixes, ou seja, representa as suas propriedades/qualidades. Peixes é o décimo-segundo e último signo do zodíaco. Representa a evolução máxima neste plano de vida. É o regresso à “casa do Pai”. É onde nós encontramos a nossa verdadeira essência. Portanto, quando falamos da energia de Neptuno e de Peixes, falamos da transcendência, passamos a barreira do visível e do compreensível à luz das “regras” terrenas.

Representa uma linguagem que personifica a energia das nossas águas – individuais e do colectivo, da nossa emoção, profundidade, intuição, sensibilidade, e de uma inspiração que sentimos vinda de outros planos. Exprime o lado emocional mais profundo, mais transcendental, intangível e subconsciente – difícil de entender e de integrar com o momento actual. É o “Deus da água”, através do qual flui a divina emoção. Lidar com as águas de Neptuno em nós, é saber trazer um mundo mais espiritual para a nossa vida. É saber alinharmos com um rio, que está a fluir, quer aceitemos, ou quer o entendamos ou não.

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É o planeta da iluminação, profundidade obscura, imaginação, arte, inspiração, natureza poética, sedução, magnetismo, idealismos. A sua energia “convida” a um despertar na evolução de alma, pede-nos a unificação pela fusão com o coletivo, que sejamos indivisíveis, porém, vivendo e integrando o colectivo. Há a inclusão de família alargada no meu EU. O EU de Alma, assumido e consciente, integrado no colectivo, no todo.

É o planeta da Espiritualidade e do Amor incondicional. Eleva-nos para planos de consciência mais elevados. Representa um lado espiritual de entrega e diluição para algo muito maior que nós próprios. Há um propósito de fusão, de alinhamento da acção da personalidade com o propósito da alma. Entendo que saber integrar esses dois universos, é o verdadeiro desafio para quem tem muita energia de Peixes ou muita água – muitos planetas no elemento água no seu mapa astrológico natal. A luta do ego com a alma. E essa luta indubitavelmente o fará sentir perdido e desconectado com a realidade deste mundo. O convite é navegar na profundidade das águas de Neptuno dissolvendo o ego no sentido de o conectar com a consciência divina que vibra em si/nós. Há que saber ouvir/sentir/integrar a sabedoria da alma acima da personalidade emocional. Neste enlace puro, a energia espiritual de Neptuno aflui em nós – sentimento divino.

Este sentimento divino, quando não integrado e trabalhado de uma forma consciente e enraizada, pode trazer à superfície, de uma maneira arrebatada, medos submersos, que, de uma forma muitas vezes inconscientes, decidem as nossas escolhas. Dar luz a essas águas, ajudará muito a que o ego, o medo, fique cada vez menos no controlo da nossa vida - a alma comanda. Há um elevar de consciência sem ilusão, sem equívocos ou imaginações. Saber equilibrar estes dois mundos alinhados num caminho do meio, estando enraizados neste plano, porém, com uma consciência elevada, é o convite desta energia tão transformadora e profunda de Neptuno.

Neptuno e a nossa evolução actual – Trânsito em Peixes – 2012 a 2025

 

Como anteriormente referido, no dia 2 de Fevereiro de 2012 Neptuno entrou definitivamente para Peixes e só sairá a 21 de Outubro de 2025. Trânsito longo, profundo e transformador para as nossas “Águas” - do planeta, colectivo e do individual. O seu poder sobre a humanidade está muito intensificado uma vez que Neptuno está na “sua energia”, no “seu lar”. Esta visita de Neptuno à sua morada, não ocorria há 151 anos, uma vez que o seu trânsito, pela roda do zodíaco, demora 162 anos.

 

Neptuno é um planeta transpessoal, juntamente com Plutão e Urano, formam o trio energético transpessoal, que para muitos astrólogos vieram ajudar a humanidade nesta evolução planetária de despertar de consciência que estamos todos (planeta, humanos, animais, vida) – sem exceção, a travessar. Não há retorno. Simbolizam o caminho para uma consciência multidimensional. Sobre Plutão e Urano debruçar-me-ei num próximo artigo.

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Neptuno, sendo um planeta transpessoal, vibra numa frequência superior aos planetas pessoais – Mercúrio, Vénus e Marte. A energia doce e subtil, porém, muito profunda de Neptuno, vai-nos sussurrando para um despertar espiritual. O ego, as barreiras criadas pela nossa personalidade, devem ser quebrados para que nos alinhemos a um fluxo maior de consciência, a um fluxo maior de AMOR incondicional. Amor sem datas, objetos, motivo. Representa a abertura para outras dimensões que vibram em nós. O convite é este, contudo, grande parte da humanidade está ainda desconectada dessa energia que apela ao “regresso a casa”.

Nós não somos seres terrenos vivendo uma experiência espiritual“, mas somos seres espirituais vivendo uma experiência terrena.” Teilhard de Chardin

Este trânsito do planeta Neptuno pelo signo de Peixes é confortável? Entendo que ser mais ou menos confortável está intimamente relacionado com a nossa abertura à evolução no qual essa energia nos convida. Se não estivermos bem conectados com a nossa alma e o nosso coração, começamos a viver o lado meio nubloso que Neptuno gera, uma vez que somos conduzidos pela mente e não pela intuição vinda do coração. O potencial de fazer escolhas erradas, desviantes do caminho de alma, que é aquele que nos conduzirá ao um estado de alegria, será forte. Todos nós percecionamos e entendemos a mensagem? Não, grande parte da humanidade ainda está adormecida e conectada com uma velha energia que nos colocou adormecidos fazendo-nos esquecer aquilo que somos: seres divinos.

Neptuno em Peixes – Quem sou Eu? Para onde caminho?

Estamos perante um trânsito que impulsiona a um despertar para outras dimensões do nosso SER. Se observarmos à nossa volta, torna-se claro o aumento exponencial de indivíduos que começam a se questionarem sobre diversos aspectos da sua vida, como que andassem à procura de um “EU” que não conhecem. Há um anseio de regressarem a uma “Casa” que não esta, contudo, não sabem onde a encontrar, ou se quer sabem que ela existe. Há um abanar de estruturas no qual o individuo sentia serem para a vida. Estruturas internas – emocionais; e externas – trabalho, relações, amigos. Esta energia subtil de vibração superior, quando não integrada e equilibrada em nós, e isto é mais forte em indivíduos que tenham muita água no seu mapa – signo de Peixes, ou muitos planetas no seu mapa natal no elemento água, pode-nos conduzir a depressões, falta de alegria, perdas de sentido, desconexão com a realidade habitual. Na verdade, este planeta traz ao consciente os medos mais profundos que muitas vezes monopolizam a nossa acção. Há um “vazio da alma”. A diluição do Eu ego com o Eu alma torna-se mais sentida. E este “trilho para o amor” pode ser mais ou menos desafiador. Uma patologia pode ser uma mensagem da sua alma para se abrir à vibração de AMOR incondicional de Neptuno.

Neste âmbito, Liz Green, autora do Livro: “Neptuno”, afirma que: “Peixes não respira bem se não mergulhar periodicamente nas águas do inconsciente. Num determinado momento, um problema de saúde sem diagnóstico preciso ou uma desorientação mental podem ser os meios que a vida usa para cobrar o tal “desenvolvimento espiritual”.  

Jade - O cristal que harmoniza as “nossas águas”

Entre diversas terapias que nos podem auxiliar na harmonização do nosso SER com este fluxo energético espiritual de Neptuno, temos disponíveis os minerais - presentes da Mãe Terra. Na verdade, os minerais são “filhos” da Mãe Terra, força vital universal, que actua em nós em diferentes formas. A sua vibração é associada também à vibração de cada planeta, sendo, deste modo, utilizados na cura em função de várias linguagens, características e apelos evolutivos assentes na vibração dos planetas.

 

Tomemos, como exemplo, uma mulher que se encontra em profunda depressão, perdida no seu caminho terreno e sem auto amor. A Jade, é um dos cristais que pacifica o chakra cardíaco – Centro do Amor. Na verdade, os hindus deram o nome de Anahata –  “Câmara secreta do coração”. No ioga taoista, o chakra do coração é conhecido como yu tang que significa: “sala de Jade”. O chakra cardíaco apresenta cor verde e está ligado à glândula timo. Considerado o centro do amor e canal de expressão dos sentimentos, também está vinculado ao equilíbrio, ao amor universal, à compaixão e ao altruísmo. É expressão da energia de Neptuno em nós. As propriedades da Jade, ajudariam a mulher no seu equilíbrio interno. Traria mais calma mental, mais abertura para o auto amor, mais serenidade e ajudá-la-ia na assertividade na tomada de decisões. A forma como trabalha essa energia da Jade em si, poderá ser na colocação do cristal no seu corpo, em particular no seu Chakra Cardíaco bem como em beber água energizada pelo cristal Jade.

 

Neptuno em Peixes impulsiona-o a aprender, a refinar o interior, a sentir, e a abrir-se a uma energia multidimensional que vibra em si. Há como que um impulso de alma para mergulhar na profundidade das águas inconscientes de Peixes – Neptuno. Façamos esse mergulho num fluxo mais harmonioso, mais em alegria e mais conscientes possíveis. Os minerais, como a Jade, auxiliam nesse refinamento que é imperativo fazer com a nova energia que abraça o planeta, a humanidade e o ser humano.

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Neptuno em Peixes – O despertar para o caminho de “Casa” -  2012-2025 - Jade – O mineral da “sala do coração”

Link da Revista - APC - Associação Portuguesa de Cristaloterapia

                                https://issuu.com/joana144/docs/apc_magazine__5_2018_sembleed

 

10 de Dez. de 2017 

 

No dia 4 de Abril de 2011 Neptuno, entrou no signo de Peixes – sua casa, sua morada. A 3 de Junho, num movimento retrógrado, retornou ao signo de Aquário, e a 2 de Fevereiro de 2012 voltou novamente para Peixes e só sairá em 21 de Outubro de 2025. Esta informação é preciosa para que entendamos o grande fluxo energético que nos “convida” a todos – humanidade, planeta, individuo, a um despertar espiritual, a uma transformação no sentido de conectarmos com aquilo que verdadeiramente somos: “Seres Divinos”. 

Por: Silvana Correia

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